Catando palavras

Minhas mãos inquietas percorrem meu corpo

Em busca da palavra, uma que não trave

Que enrosque na pele, penetre fundo

Rasgue na língua os preconceitos

Minha ansiedade procura um porto

Onde a inspiração se destrave

Com palavras de sentido profundo

Numa frase cheia de efeitos

Mas onde a respiração oscila

Tem espaços sobrando e ecos gritando

E eu não encontro uma razão

Uma que me revire a inspiração

Não há como catar palavras nesse teclado

Nesse pedaço de plástico gelado

Tateio meus contornos

Atento para o meus olhares mornos

Não sei se me perdi

Ou se nunca me encontrei

Se é farsa o que até aqui vivi

Quando adormecer...saberei

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 31/05/2005
Código do texto: T21086
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