Noite na Cama
Legítimo verme meu
Cachorro do descanso
Prateado queixo e manso
Num tempo, enterneceu.
Ridícula cepa minha
A goiva da identidade
Da forquilha à idade
Equador órfão desalinha.
O sal de banho no tapete
Que a chuva não lavou
De pouca boca achacou
Na noite de jarrete.
Recolhi o suor do leito
Com arsênico proveito
De meu batizado peito.
Com ternura
À lua pura
Vã tortura.