Esse é Quintana (do livro "O Anjo Disfarçado") de José Paulo Nobre

Foi no ano de mil, novecentons e seis,

num dia trinta de julho, pleno inverno:

traduzia-se nascituro, em vida, voz e vez;

nascia no ontem o antigo mais moderno...

Ora sibilino, irônico, bronco; ora terno

em tudo aquilo o que ele disse e fez...

singrou, das Poesias, esse mar eterno,

intrépido navegador, o mais ousado, talvez...

Fez-se imortal pois o verso lhe redobra

o valor pela verdadeira imortalidade

que não vem da lisonja, mas, da obra...

Esse é Quintana, alma, luz, inspiração...

Vate que habita as ruas da nossa saudade...

Imortal da Academia do Nosso Coração !!...

Marinhante
Enviado por Marinhante em 07/08/2006
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