INQUIETAÇÃO
Ah,... Mas essa alma de poeta que não se aquieta
Em busca de um mundo melhor que em minha garganta
Dá um nó se não digo a verdade do que penso, mesmo
Sendo eu um só, na escuridão de teu ser, tentando buscar
Algo para de felicidade viver.
Ah,... Essa incerteza profunda me deixa moribundo versejando
O bem-querer, caminhando no infinito, buscando o amor mais
Bonito para entregar a você, amor de tanta gente, que de repente
Me faz morrer na solidão dos aflitos, querendo soltar o grito
De alegria para viver.
A madrugada me faz confuso, da liberdade eu abuso para aliviar
Minha dor, serenata não há na janela, você não é mais aquela
Que alegrava meu viver, solidão destrói aos poucos esse peito
De caboclo que o mal não fez para o troco merecer da maldita
Traição, que vai arrebentando o coração me fazendo sofrer.
O bom seria se eu não existisse, mas já que a vida persiste
O que penso tenho que dizer ao mundo do homem mau,
Ô Deus, afaste de mim esse cálice, essa espada que me tortura
E essa ponta de agulha que me fura sem meu corpo perceber
Deixe que a brisa calma do tempo meu coração atura mesmo
Sem poder te ver.
Enfim, se piedade tiver de mim, não se faça tão perversa
Meu coração te confessa que não é tão forte assim, deixe que
Meu pensamento relaxe, por mais alto o Apalache nele
Eu quero subir, gritar bem alto para o mundo ouvir, o perfume
Que exala das flores, é mania de paixão que um dia eu vi partir...
Ah, meu Deus, quanta bobagem escrevi!
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 08/08/2006
Reeditado em 08/08/2006
Código do texto: T211637
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