Bruxas E Afins
Cabula viscoso o precioso mel
Da fada rainha, deslumbrante mão
Incapacitado, dorme o urso no verão
Ao pé do catre, estrela e céu.
O gado muge na redoma trincada
Por sons aglutinados, geme leso coração
Meus anjos d’água impura sopram ‘não’
Menção à ressonância inabalada.
Na parede, a caveira com olhar perolado
Bate a cara no vidro trincado
E acha graça
Um brinde à desgraça.
Meus crepúsculos internos entreabertos
Conotação esférica, polivalente
Não durmo sonos de bruxa doente
Rezo aos tenores com os pés cobertos.
E segue nesta imagem
À mentira da coragem
À medida do entorno
Traz da noite o forno.
O catre cujo urso amansa
Com a pérola laxativa da caveira
Vê a bruxa na ribanceira
Erguer um brinde ao céu que trança.