Natureza Harmônica
O sopro balança ocioso vento
À sombra deste, descansa o gelo na cal
Obcônico grunhindo badaladas de sal
O preço paga o iguanídeo sedento.
Força que alqueiva terra deslizante
Nas gotas de orvalho, moribundo furão
Pelos pecados, poder de humano são
Céus enfurecidos no ósculo cessante.
Lareira queima de fumaça a ternura
O estro doloroso ápice jura
Não viu mais iguana à frescura
Nem coelho de cujo furão amura.
A natureza é assim:
Se a tampa não tapa
A lata ajeita a lapa
E tudo se acerta no fim.