Ladeia a margem da costa nua...

Ladeia a margem da costa nua

Passadas sem sustos dos arrecifes

Desembarque ladino nestas terras

Este é outro Porto para a nau escura

Na alvacenta alvorada disparo caminho

Cruzando este fundo em busca do rio

Que da prainha já vislumbro

Este corpo em parcas vestes

Caminhas para o banho cedo

Na fresca da manhã em fino linho

O olhar ao horizonte como espera

Sem pensar que este te observa

Teso por esse amor fremente

Mal contenho as pernas a correr

No que viras já tens um sorriso

E esse brilho intenso no olhar

Nossas bocas clamam por beijos

Teus seio rijos me recebem tesos

Mil carícias enquanto das roupas nos livramos

Para cair na escuma densa do rio

Nestas águas claras nos largamos

Para os deleites da carne extenuar

Ávida carne que tens entumescidas

Fremente dessa longa espera

Explode em gozos plenos aos meus toques

Uma inenarrável lascívia

Nos gemidos ouvidos ao longe

Pertubam toda a paisagem

Quando ficamos entregues

Te carrego nos braços

Vamos até tua soleira

Esticando a rede para um descanso

Tomo-te um beijo

Você quer ressonar um pouco

Com um beijo te deixo nesta calma

Para adentrar e preparar uma mesa.

Depois do refresco, da mesa farta, falamos fazendo amor!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 01/06/2005
Código do texto: T21302
Classificação de conteúdo: seguro