Noite

Noite...

Onde o frio e o silencio

Fazem ponto na rua

Nos convidando a ficar em casa

Eu estou só, não consigo ficar só.

Então saio á rua e sinto um vazio

Apenas a solidão, e tristeza.

Não vejo ninguém, portas se fecham.

Luzes se acendem, continuo só.

Eu temo a noite, e a escuridão.

Paro na rua, e busco o horizonte.

Nada, o negro da noite, o esconde.

Olho para o infinito, procuro Deus.

Procuro respostas, não encontro,

Pois resposta não existe

Nada existe, apenas a brisa gelada,

Que beija meu rosto, e me manda voltar.

E me diz, que a chuva está chegando.

Olho o céu, vejo que nuvens negras.

Esconde as estrelas, de repente um trovão.

Lá ao longe, um relâmpago rasga a noite,

Como querendo, dividir o universo ao meio.

Eu tremo, mas não é de medo.

E a chuva gelada que toca meu corpo

A brisa se transforma em vendaval

A rua alagada se transforma em rio

Eu caminho sem pressa, pressa pra que.

Já estou molhado, o frio não é mais frrio

Não sinto mais meu corpo tremer

O vento não é mais vento, apenas uma brisa.

Levando com ela, o que restou da chuva.

Somente eu fiquei, esperando respostas.

Mas resposta de que?

Se nem mesmo eu sei, o que procurava...

Volnei Rijo Braga