Bibliotecas
Os livros fendem
a rotina e a morte
com ácidos de algodão
no sal do açucar
este bébé que tenho nas mãos
chama-se sabedoria
são fluídos do corpo
colhidos na mente
estão de encontro às árvores
na película das pedras
nos raios de sol que demarcam as sombras
os livros estão neste saber
que se cose nos olhos
das alunas e dos professores,
dos leitores,
nas bibliotecas dos prados e das montanhas
no recato dos silêncios dos lugares
nas adegas das salas de leitura
aqui há ácidos doces
e sais ternos
nas nossas mãos pousadas nos dicionários,
.... nos dias...!