Bibliotecas

Os livros fendem

a rotina e a morte

com ácidos de algodão

no sal do açucar

este bébé que tenho nas mãos

chama-se sabedoria

são fluídos do corpo

colhidos na mente

estão de encontro às árvores

na película das pedras

nos raios de sol que demarcam as sombras

os livros estão neste saber

que se cose nos olhos

das alunas e dos professores,

dos leitores,

nas bibliotecas dos prados e das montanhas

no recato dos silêncios dos lugares

nas adegas das salas de leitura

aqui há ácidos doces

e sais ternos

nas nossas mãos pousadas nos dicionários,

.... nos dias...!

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 13/08/2006
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