O Libertino...

Vim de longe como o vento enfurecido

A borrifar os prantos da saudade apaixonada

Sob o chão de terra rociado, humedecido

Plantando rosas pra minha musa idolatrada.

Quem dera eu fosse o bardo de seus versos preferidos

Pra compensar o asco de minha vida devassada

E enaltecer o jovem de nome empobrecido

Diante a face da moça de feição imaculada.

Ai se eu fosse o sonho da noite mal-velada,

A insônia sob a luz dos vaga-lumes,

O desejo do inconsciente adormecido.

Vagando libertino, feito ondas do mar

Atado ao tempo deste sono profundo,

Vejo-te nas pálpebras quando pretendo sonhar.

Washington Machado
Enviado por Washington Machado em 27/03/2010
Código do texto: T2163078
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