O Sopro do Vácuo do Ciclista

Eu sorrio desesperado

Desabo por dentro

Mas estou firme

O mundo dentro de minha pele

É o contrário do inverso do avesso

Ninguém percebe nada

Disso

Estou certo

Normal assinar papel sem ler

Não mal assim perecer

Essa não é minha lei

O preço do sorriso é uma lágrima

Isso parece nunca mudar

Giro com o mundo girando comigo

Eu sou só eu em mim a dançar

Sento e leio um livro

Cruzo minhas pernas

E não meus braços

A verdade não se contradiz

Sou eu o sempre diferente

Eterno aprendiz

(Título extraído do poema O Sopro do Vácuo do Ciclista de Bruno Sangiorgi)

Vermelho
Enviado por Vermelho em 03/06/2005
Reeditado em 17/06/2005
Código do texto: T21771