Apelo silencioso

A madrugada exala o odor do imponderável

Seduzindo nossos corpos já despertos

Arrebata-nos o som do firmamento

Sentimos o contato agradável

Dos corações nossos, pulsando, tão de perto

Nos levando à dimensão do alheamento

E iniciamos uma dança que é antiga

Que nos cativa e nos deixa alucinados

Em ritmo que só pertence à eternidade

Nossas almas, que de muito, são amigas

Cedem vez aos sentidos inebriados

Que no momento buscam sua saciedade

Como resistir tanto ardor!

Nos buscamos vorazes sem pudor

A volúpia nos envolve sem piedade

No exato momento de esplendor

Explode nosso gozo em partículas de amor

No frenesi irresistível da vontade...

Priscila de Loureiro Coelho

Consultora de Desenvolvimento de Pessoas

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 03/06/2005
Código do texto: T21780