Desejos
Queria revelar em sinfonia
O que não consigo dizer em poesia.
Lembrar as intimidades, que em sutis segredos,
Sempre às ocultas compartilhamos.
Queria fazer renascer o mistério de olhos altivos
Que se tornavam selvagens no prazer.
Recordar os mesmos olhos umedecidos
E agradecidos pelos momentos de amor realizado.
Avivar o desejo guardado na memória da geografia perfeita
De um corpo revelado em montes e vales tantas vezes percorridos.
Mas o que importa é perceber o infinito do horizonte.
É sentir profundo e louco desejo de ir até lá.
É deixar que este desvario se torne um sonho, uma obsessão.
Sem precisar sequer me preocupar em ser maestro ou poeta.