Desejos

Queria revelar em sinfonia

O que não consigo dizer em poesia.

Lembrar as intimidades, que em sutis segredos,

Sempre às ocultas compartilhamos.

Queria fazer renascer o mistério de olhos altivos

Que se tornavam selvagens no prazer.

Recordar os mesmos olhos umedecidos

E agradecidos pelos momentos de amor realizado.

Avivar o desejo guardado na memória da geografia perfeita

De um corpo revelado em montes e vales tantas vezes percorridos.

Mas o que importa é perceber o infinito do horizonte.

É sentir profundo e louco desejo de ir até lá.

É deixar que este desvario se torne um sonho, uma obsessão.

Sem precisar sequer me preocupar em ser maestro ou poeta.

Laerte Creder Lopes
Enviado por Laerte Creder Lopes em 05/04/2010
Código do texto: T2178354
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