Á Noite do Poeta

A noite veste

Com seu manto rubro

Ensanguentado ao dia

Destes ouvintes surdos.

Que só fingem

E se auto-flagelam

Neste manto meio aurina

Em que se rebelam.

Eis que a noite

É do poeta que não se cansa

E tuas mãos anseiam

E se acabam em esperança

Que a noite é vida

Calma, como a alma do sertanejo

E se no dia a vida me vê

É à noite, quando a vejo.

E vai vestindo

Estas noites puras e belas

Enquanto eu canto e amo

Todas elas! Todas elas!

Júnior Leal
Enviado por Júnior Leal em 10/04/2010
Reeditado em 10/04/2010
Código do texto: T2188866
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