Escondido nas estrelas

Com o olhar que fitar as estrelas

Quero ver o rio passar

Uma quadra, mil, e nelas

Começar um notório cantar

Será de dia, será num presente

De qualquer tempo, será hora

Na exata folga reticente

De um malgrado agora

Com queixume nos lábios

Brisa no cílios, a pestanejar

E os traços do rosto, flácidos

Esquecidos ficarão, até acabar

Com o olhar que fitar as estrelas

Sem sorrir, embora entreter

A alma com inúmeras querelas

Irei piscar mil vezes e ver

Ver o que a alma advinha

Intuindo o que é bonito

Ah, ali, onde ninguém caminha

Mas bem onde se esconde o infinito

Mar de Oliveira Campos
Enviado por Mar de Oliveira Campos em 18/08/2006
Código do texto: T219599