Escondido nas estrelas
Com o olhar que fitar as estrelas
Quero ver o rio passar
Uma quadra, mil, e nelas
Começar um notório cantar
Será de dia, será num presente
De qualquer tempo, será hora
Na exata folga reticente
De um malgrado agora
Com queixume nos lábios
Brisa no cílios, a pestanejar
E os traços do rosto, flácidos
Esquecidos ficarão, até acabar
Com o olhar que fitar as estrelas
Sem sorrir, embora entreter
A alma com inúmeras querelas
Irei piscar mil vezes e ver
Ver o que a alma advinha
Intuindo o que é bonito
Ah, ali, onde ninguém caminha
Mas bem onde se esconde o infinito