de olhos bem abertos

sonho contigo

de olhos bem abertos

a luz de alvorada derramada

na projecção da porta

o teu corpo nu como uma flor em desalinho

na expressão de deleite dos lençois brancos

como comandante de um navio seguro o corpo com os dois braços na amurada do alpendre.

o mar que atinjo é o nosso futuro que até pode não ser consequente

mas a melodia do silêncio prende para sempre o momento

A valsa que executámos à noite com os nossos corpos

,os sabores que unimos, o amor que provámos

foram a nossa subida ao topo da falésia

não distingo agora ambição no nosso olhar

mas

falta ainda visitar o poente

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 21/08/2006
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