Amor virtual

Toda vez que tu chegas, eu travo,

Sobe um calor, um frio me arrepia a tez.

Tudo dito, escrito, sem pensar, gravo!

Ouço e leio, em silêncio, tudo outra vez.

Quando me recolho ao leito calada,

Levo-te enrolado no corpo aquecido;

Da tua lembrança e mais nada,

Pede meu peito, claro e decidido.

Abastecida de diálogos e poesias,

Acendo meus sensores virtuais, fatais,

Que assim se seguem todos os dias.

Sua presença ausente, quero mais,

Nessa tela vazia, de cores tão frias,

Como nunca outro, quis jamais.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 04/06/2005
Código do texto: T22161
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.