Viagem Insólita

Saio de minha caverna

Olho à volta desconfiado

Para um lado, para outro...

Vejo e não enxergo nada..

Vem aquela frase da piada

Do pintinho dopado:

“Não tou sentindo nada!”

Desde quando tem que estar

Sentindo coisas todo tempo?

Vem-me um eco lá dentro...

Perguntando eloqüente

“És termômetro de sentimento?”

Então aquela voz solene

Vem num irresistível sussurrar:

“Desde que sou gente

Que pensa e sente,

Preciso me exteriorizar”

Sair da caverna...

Olhar todo horizonte

Enxergar os montes

Pelo vale caminhar

Pisar em espinhos

Andar nas nuvens

Chover no molhado

Não ficar parado!

No meu caminho...

Marilú

Marilu Santana
Enviado por Marilu Santana em 04/06/2005
Código do texto: T22194