NUBLADOS DE CHUVA
Desfilo por imensas ruas, labirintos mal desenhados onde
não se distingue nada,
nem corpos.
Pálidas casas, muros altos.
Uma velhinha caminha, curvada pelo peso dos anos e o vento, o vento assopra, fazendo redemoinhos nas esquinas, pequenos castelos.
Além do horizonte, o tempo.
Desenho frágil em minha face, as rugas, os olhos já nublados de chuva.
Assim caminho.
05/06/05