Dos Chamados ao ar...

Escutamos os chamados, tantos, todos,

Vindos de todas as terras, céus & mares,

Cá escutamos bem, mal respondemos,

São palavras que perdemos aos sopros,

Mas o olhar está sempre atento, tudo vê...

Sim, horas também são perdidas sem nexo,

O dia passante, mais uma noite na solidão,

Você pensa que tudo vai ao encontro,

Sobram mais desculpas jogadas ao léu,

Cai mais um dia, horas perdidas, mais desculpas,

Qual o chamado que mais interessa, só uma vez,

Dos interesses que a lista engrossa, fantasmas,

Em tempo de atender outros chamados, tantos...

Vaga o olhar pelo tempo que a chuva traz tão fria,

Outra tarde que o vento assola as faces,

Nada de pronto, apenas novas esperas, esperas...

Mais que chamar, apenas uma passagem tão rápida,

Conseguido o desejado, fica o espaço tão vazio,

Como se não bastasse o gosto da solidão,

Vaza o copo que mal se enche no cair da noite,

Melindra de tal forma, que nem parece ser afim,

Gostaria de agir diferente, mas nada faz, só desculpas,

Valor refratário para novas segregações,

Aquele brilho eu agora tem presente, como tantos passados,

Deixará novas marcas amargas, outras chagas,

Ah! Sim, cá terá tais curativos, assim espera...

Mas o que se tanto gasta, desgasta na ação do tempo,

Para só então receber o valor devido,

Serão outros tempos, novos chamados,

Sobraram apenas as marcas das velhas solidões...

Roteiros repetidos apenas mudando o nome!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 30/04/2010
Código do texto: T2229552
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