nota para o leitor assíduo

Não sejas só um consumidor.

Não te feches no consumo das palavras.

Há um vento que passa das palavras à película das íris dos teus olhos

que precisa de escrita. Escreve os teus versos

Com o odor do teu sangue

e assim escrever todo o sol que se consome

O teu paralaxe é preciso para a matemática da existência.

Faz uma multidão de palavras

do teu poema esquecido, encontrarás

a amizade da existência

e serás mais um que não morre.

Preciso da tua dor. Empresta-me o teu verso, juntos

vamos fazer as nuvens e as árvores do silêncio.

É preciso voz em tudo o que se sente,

a vida é tão escassa...

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 24/08/2006
Código do texto: T224052