Ecos
ECOS
Maria Mercedes Paiva
Fizesse eu um poema
que fosse tão inspirado,
saltitante, ondulado...
Um poeminha adstringente,
que cheirasse a menta, como drops de hortelã
que fosse alegre e fresquinho
como o orvalho da manhã...
haveria de ser parecido com "Sleep Shores"
( este som)
que mais parece poesia
cala na alma da gente
e a faz soluçar de alegria...
a faz chorar de contente
trazendo álacres saudades
de almas- amigas- irmãs.
Na Seara dos sentimentos
poderoso, imensurável, é o som!
Belo e significativo, ressoa na alma,
como burburinhos que ficaram no passado e
voltam em murmúrios baixinhos, porque vêm de
muito longe, de um tempo e lugar
indefinidos, inexatos...
Quais ecos de "talvez momentos idos,"
vagos... um lugar já esquecido...
noutra dimensão pousado...
Tingem de cores joviais,
tangem alegres incertezas
soam imprecisos
e chegam tumultuando a alma,
como o som apressado de muitos passos
que no passado passaram
vasculhando, procurando
adventos beneplácitos e os acharam,
deixando os seus rumores de amenidades
ressurgidos na acústica da alma.
Dos idos ruídos,
o eco dos rumores...
Saudades...
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