Ecos

ECOS

Maria Mercedes Paiva

Fizesse eu um poema

que fosse tão inspirado,

saltitante, ondulado...

Um poeminha adstringente,

que cheirasse a menta, como drops de hortelã

que fosse alegre e fresquinho

como o orvalho da manhã...

haveria de ser parecido com "Sleep Shores"

( este som)

que mais parece poesia

cala na alma da gente

e a faz soluçar de alegria...

a faz chorar de contente

trazendo álacres saudades

de almas- amigas- irmãs.

Na Seara dos sentimentos

poderoso, imensurável, é o som!

Belo e significativo, ressoa na alma,

como burburinhos que ficaram no passado e

voltam em murmúrios baixinhos, porque vêm de

muito longe, de um tempo e lugar

indefinidos, inexatos...

Quais ecos de "talvez momentos idos,"

vagos... um lugar já esquecido...

noutra dimensão pousado...

Tingem de cores joviais,

tangem alegres incertezas

soam imprecisos

e chegam tumultuando a alma,

como o som apressado de muitos passos

que no passado passaram

vasculhando, procurando

adventos beneplácitos e os acharam,

deixando os seus rumores de amenidades

ressurgidos na acústica da alma.

Dos idos ruídos,

o eco dos rumores...

Saudades...

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Maria Mercedes Paiva Paiva
Enviado por Maria Mercedes Paiva Paiva em 24/01/2005
Código do texto: T2255