canto 5

na sinfonia dos sentidos, no tormento da carne, dançam deusas do olimpo, choram ilusões no mundo fértil de

faunos e ninfas...

nas árvores de raízes abraçadas penduram-se frutos de forma esquisita e sabor agreste...

na vertigem da dança tribal, rodopia a nudez vestida de olhares e mãos de cobiça...

nas mágoas rotuladas de choro fácil, crepitam ciumes no riso do beijo consentido...

...quando os ímpetos soçobram no festim das vestes e a carne recupera regidez, ressuscitam os vencidos na aleluia dos possuídores...

...até que uns e outros sejam o recomeço de novo fim.