PORTA ABERTA

Sou uma acanhada porta sempre aberta

Onde adentras para devaneio etanóico.

BAR, BUTECO, BOTEQUIM

Ou qualquer outra folclorice engajada

Não dissipa a bucólica penumbra nos olhos

Pois sou liberdade para ócio da tua solidão.

Pondero inconformismos e infortúnios

E tudo que revelo de santo e profano

Faz de mim refúgio indolente do hábito

Se buscares lenitivo para desenganos

Saibas que para ti serei luz reveladora.

Não tema minha alegria nostálgica

Sou a porta da frente para o inferno, e

A porta dos fundos para o céu.

Antonio Virgilio Andrade
Enviado por Antonio Virgilio Andrade em 06/09/2006
Código do texto: T234010