PORTA ABERTA
Sou uma acanhada porta sempre aberta
Onde adentras para devaneio etanóico.
BAR, BUTECO, BOTEQUIM
Ou qualquer outra folclorice engajada
Não dissipa a bucólica penumbra nos olhos
Pois sou liberdade para ócio da tua solidão.
Pondero inconformismos e infortúnios
E tudo que revelo de santo e profano
Faz de mim refúgio indolente do hábito
Se buscares lenitivo para desenganos
Saibas que para ti serei luz reveladora.
Não tema minha alegria nostálgica
Sou a porta da frente para o inferno, e
A porta dos fundos para o céu.