O poeta é uma janela
O poeta é uma janela, aberta
Uma porta, escancarada
À alma sôfrega ou deserta
Que delas, não diz nada.
Fala do mundo que preenche
Nas noites de insónias e luar
Imagina dores, aparentes,
No sofrimento de divagar
E na visão que tem
Distorcida e irreal
Julga saber também
Que o vento é seu igual
No frémito lancinante
Que cruza aquele instante
Luís Monteiro da Cunha