na direcção do vento

de sempre, a sinomínia do tempo.

a pauta do caminho.

por onde se come o pão, se faz a oração.

se faz a voz, se faz o corpo.

se faz a esperança, a fé.

Por onde se arde efémero com sentido.

Se age sem passos.

e o voo é ainda o parto do verbo,

que por ser tão prenhe,

está tão longe na frente.

se faz tanta dor em rio. se faz.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 07/09/2006
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