ATÉ QUE...
 
 
Nas ruas vejo as sombras das horas vazias,
multidão que passa calada, sempre apressada
pensamentos desconexos, almas sem alegrias...
  
Olho em volta meio tonta e busco a serenidade,
dias com sorrisos, noites com olhar de lua cheia
 mas o tempo traz na boca o gosto da saudade...
  
 Estação da vida fica sob nuvens encobertas,
passado acorrentando sentimentos e momentos
e o sonho se acoberta, em fantasias dispersas. 
 
E a fria rotina cobre de afasia a luz da retina
que no breu não encontra o caminho, confusa
perde a esperança... E a mente assim desatina!
 
O silêncio em agonia grita! Seu grito tudo estilhaça!
Há de se morrer, nascer e renascer tantas vezes
até que se entenda  o mistério e em paz enfim renasça!

 
12/03/2010
 
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 01/07/2010
Reeditado em 11/06/2011
Código do texto: T2352128