a manhã de sempre

a manhã que se destrói na manhã,

e se ergue o segredo lunar, o sonho,

o verbo preto, a aurora de uma palavra negra.

assim a estaca esteja cá,

ferrada em palavra,

abrindo o dia de voz levantada.

pinta-se a folha branca,

o pastor ainda dolente levanta o cajado.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 09/09/2006
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