Estupidez

Escorrem pelo corpo em desatino

Os desejos herméticamente conservados

Cravo as unhas na carne dolorida

E mordo os lábios entorpecidos

Desce a noite na dobra da cortina

E tinge de prata meu leito revirado

Por testemunha só o anil das paredes

Que abafa o grito amordaçado

Abraço o corpo contorcido

Banhado de suor e lágrimas

Saboreando a amarga estupidez

Do prazer provado sem lucidez

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 11/06/2005
Código do texto: T24001
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