A Porta

Tantas existem... nem sei

Qual delas que me atrai

São brechas, fendas veladas

Que transpô-las, não ousei

Uma entra, outra sai

Tantas estão emperradas

Abertura, recurso, acesso

Um mundo de opção!

A porta é um eterno segredo

Um fracasso, um sucesso

Verdadeira indecisão

Entrada franca do medo

Tantas existem... notáveis

Que diferem em forma e cor

Mistérios invioláveis

Recesso sempre velado

Que antes de se transpor

Jamais se vê o outro lado

Pórtico... Passagem secular

Esconderijo do desconhecido

Incomunicável prisão!

São tantas pra se optar

Tantos os rumos perdidos

Que nos causa aflição

Tantas existem.. Nem sei

Qual delas que me atrai

Vou tentando enlouquecida

Buscar verdade onde entrei

Para não chegar vencida

Naquela que eu não ousei!

Priscila de Loureiro Coelho

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 25/01/2005
Código do texto: T2407