Cumplicidade
Quando
Fazes em mim
Tua morada
Teu ninho
Teu refúgio
Te acolho
Pássaro sem asas
E bebo teu canto
Nas horas nuas da tarde
Tardes ardentes
A nos consumir
E quando, cativo
Te espalhas em meus braços
Quieto e frágil
Pouso meus dedos
Em teus lábios
Num beijo calado.