Elegia II

Elegia II

Angélica T. Almstadter

17-08-04

As mãos espalmadas, bebo as lágrimas do choro

Que hei de verter no meu eterno fenecer

Que cantem a mim elegias em coro

Dêem-me carpideiras até o amanhecer

Deixo seguir no acaso dos ventos

As canções e as muitas poesias que fiz

O jorro dos desejos e dos pensamentos

Como testamento do muito que te quiz

O rio que aqui brota inconseqüente

Sulca a terra que aos teus pés há de parir

Meu choro áspero e comovente

Rega o teu solo, que é para ti somente florir

Calem as ondas desse mar, que dobrem os sinos

Para cada dia que eu por ti morrer

Quero louvores e hinos

De fazer a terra estremecer

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 26/01/2005
Código do texto: T2444
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