Elegia II
Elegia II
Angélica T. Almstadter
17-08-04
As mãos espalmadas, bebo as lágrimas do choro
Que hei de verter no meu eterno fenecer
Que cantem a mim elegias em coro
Dêem-me carpideiras até o amanhecer
Deixo seguir no acaso dos ventos
As canções e as muitas poesias que fiz
O jorro dos desejos e dos pensamentos
Como testamento do muito que te quiz
O rio que aqui brota inconseqüente
Sulca a terra que aos teus pés há de parir
Meu choro áspero e comovente
Rega o teu solo, que é para ti somente florir
Calem as ondas desse mar, que dobrem os sinos
Para cada dia que eu por ti morrer
Quero louvores e hinos
De fazer a terra estremecer