Sangria
Sangria
Angélica T. Almstadter
03-01-05
O sangue que campeia no escuro e ferve na minha veia,
Tem a sede que eu tenho do mundo,
Tem a mágoa do amor mais que profundo,
É o sangue da adoração , servido em taças cálidas;
De um amor puro e sem máculas, terno e eterno,
Intensamente vermelho, como as crisálidas
Mas que queima como o inferno.
Dói-me a sangria ,como um parto laborioso;
Que rasga as entranhas, em agonia e gozo
Para brotar na pele, refletir no olhar revirado,
Como testemunho juramentado e assinado,
Com sangue frente ao altar da condenação,
Extasiado....e sem direito a apelação