TÃO DEPRESSA QUE NÃO SABIA ONDE IA
Caminhava tão depressa
que não vi que passavas,
e tão depressa como não te vi
tão depressa caminhava
que não via a paisagem da estrada.
Tão depressa caminhava
que não me dava conta
que a vida me escapava
e que a cada passo que dava
o presente se passava
e em passado se tornava.
Eu ia tão depressa
que mal e mal notava
que não havia pressa
e por não ver que corria
não parei nem me dei conta
de que não sabia onde ia...