Súplica ao pensamento

Leva-me para longe... Para espaços esquecidos

Para um firmamento informe, para um ar sem densidade

Porém, leva-me ligeiro, e se possível, com o coração entorpecido

Para eu não correr o risco, de levar junto a saudade...

Leva-me amigo, porque é tudo que preciso

Porque contigo, em outro lugar, estarei temporariamente seguro

Leva-me depressa para que eu me sinta protegido

Deste infinito silêncio escuro...

Entregar-me-ei a ti com honestidade e convicção

Pois tu, não esperas de mim outra atitude

Porque tu compreendes bem demais meu coração

E sabe que és responsável por minha melhor virtude

Sabes na tua profundidade indiferente

Que sou humana... Sou apenas gente

Inda que desatinada tu me vejas

Quando alucinada, busco em ti minhas fraquezas...

Assim, tu e eu, percorremos o túnel da sabedoria

louca estrada que desconhece os limites da razão

Sobrevoando os precipícios de uma ante-vida

Que gera inutilmente a ilusão...

Levas-me caro amigo, e caso possas, não me retornes mais

Deixa-me esquecida, tentar sobreviver

Posto que a ilusão e a realidade são fontes desiguais

Que aliadas... Hão de me enlouquecer.

Priscila de Loureiro Coelho

Consultora de Desenvolvimento de Pessoas

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 14/06/2005
Código do texto: T24613