ALVAS CANTILENAS - II

Na velocidade da veia

O sono mal-dormido

Reflexo da tela entre o plexo

A noite, o copo, a cama, o sexo

O dia seguinte taciturno

Novas cobranças, outra encomenda

Tragédias que passam na rua, horror

Lembranças, dedos pelas entranhas, gozo & suor

Na ferocidade, rasga a meia

Seus seios, ah! ainda túmidos

Imagens clandestinas pela escada

Navegando, outra Ilha, pedra lascada

O gosto doce de mais um beijo

Miríades de luz, estrelas em penca

Noite que me espera, afagos, calor

Passando tantos desertos, doce sabor

Zingrando deleites, ávida teia

Para dias menos carcomidos

O copo sem líquido, ensopa o pano

Visceral & junkie, metropolitano

Floras de outras paragens, ácido soturno

Chocolates para sua libído, fome despenca

Músicas em outras trilhas, bastidor

Alvas cantilenas, Lua & amor!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 15/06/2005
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