Em Noites de Orgia
Em noites de orgia,
Saio eu pelas ruas,
Procurando a magia
Das doces moças nuas.
Em seus rostos delicados,
Encontro a mais bela ternura,
Seus destinos despedaçados,
Por um amor estão à procura.
Estes rostos adolescentes,
Em que existe brandura,
Com olhares atraentes,
Vejo um sonho que perdura.
Estas moças das ruas,
Que tem experiências vividas,
Não são elas mais cruas,
Pois, são almas já perdidas!
Essas moças que outrora,
Tinham os seus sonhos,
Mas que com a chegada da aurora,
Perderam seus jeitos risonhos.
Quem as veja pelas noites,
Pelas ruas desertas,
Não imaginam os açoites,
Em que ficam descobertas.
Essas pobres moças desconhecidas,
Pela sua triste realidade,
Acabam sendo esquecidas,
Nas sombrias ruas da cidade.
Em noites de orgia,
Não saio mais as ruas,
Porque não existe a magia,
Das tristes moças nuas.