Apoliticamente (Apocalipticamente)

Engole a maravalha o gato estridente

Sem sopa nem caldo, farofa de osso

Ébrio de luz, brinca com áptero ausente

Escleródio infiltrado à tez inclemente.

Olha o urso ocre descendo a ladeira!

Trazendo nas costas, políticos e miomas

Não tendo a exata medida da asneira

Açoites são raros, maquiado sintoma.

Nós somos os [então] gatos sem dentes

A perfurar a carne embebida em zomol

Os governantes, carcinomas potentes

Corvacho de escamas, sereia em atol.

Oxalá, ao rés do tempo, seremos a sereia

Com pelego macio a recobrir as almas

Imune às atrocidades sem mingaus de aveia

A alimentar tumores com cicuta e palmas.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 25/09/2006
Código do texto: T249300
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