COLIBRI- TROVA DIVINA
12-COLIBRI-TROVA DIVINA
Aos pássaros Deus deu o canto, para entoar-nos
poemas de amor, e vendo que tinha encantado
a todos deste planeta, quis Deus fazer uma trova,
que unisse flor e amor...
Na maciez de uma pluma,
com a suavidade de pétala,
começou Ele a compor...
Em ninhos de tal beleza, colocou as sementes
e germens de singeleza de alada vida soprou...
Em silêncio Ele cantava, com voz de brisa contente,
acalantos de alentos, bem baixinho entoou.
E se expandia do Centro, toda luz do Seu amor,
Por esse verso perfeito, como tudo o que Criou!
Foi dessa luz que nasceram, as cores de suas penas,
que desse breve poema, foi um verso encantador!
Com as cores do arco-íris, suavemente, traçou
tons de todas as matizes...nuances de toda cor...
Porque a trova é tão breve de tão completo teor,
Quis Deus, fazê-lo tão leve...Menos pesado que a flor!
E terminado o tempo de maturado enlevo
Deus completou o seu verso, soprando-lhe um segredo:
Colocou em suas asas, a chave daquela senha,
imprimindo-lhe tal graça, num vôo que sempre traça
Manobras nas quais se empenha.
E, as flores se encantaram e todas se apaixonaram
pelo belo beija-flor,
o doce mel que ofertam, sempre que ele se acerca,
presto, para beijá-las
sorve ávido o néctar e
lépido, a próxima flor, já adeja !!
Colibri, flor que beija outra flor!
E, vendo como estaria, com tal graça esse poema
inspirando aos poetas, tal beleza multicor,
acho que Deus pensou:
"Bom será que ele procrie,
Na brevidade dos dias...
que seu lirismo encante!
Cante-o também o poeta!
Encha o mundo de poesia
que fale do meu amor!!"
E só de pensar, já Criou!!
Maria Mercedes Paiva
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