Sensação do impossível

Quedo-me em silêncio dolorido

A tal ponto que o escuto... Implacável!

Sofre meu espírito corroído

Pelo desfecho que se faz inevitável

Desvencilhar-se de alguém é vã tortura

Pois não existe este apartar definitivo

Como um castigo, há delírios de loucura

Quando o adeus torna-se imperativo!

Impossível separar almas afins

Que se reconhecem de outras tantas dimensões

Há que se confiar aos querubins

O pranto que assola os corações...

E há de intervir a Eternidade

Consolando e tecendo outros caminhos

Pois nada abala a fidelidade

Entre espíritos unidos em carinhos

Assim, um dia que pertence ao destino

O reencontro é previsto com rigor

Pois que a Lei jamais comete desatino

Em tudo que diz respeito ao amor!

OBS: Esta poesia escrevi no momento em que

me despedia de uma pessoa especial, que fez sua

passagem de modo tão peculiar em minha vida

despedindo-se prematuramente... eu acho.

Priscila de Loureiro Coelho

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 16/06/2005
Reeditado em 15/10/2008
Código do texto: T25119