eu, líquida

nem mesmo sei

por quem o destino sopra

ele é volúvel

e - num átimo -

lança vapores

de amores lúgubres

doçura em farpas

flechas arteiras

depois desvela

espumas lancinantes

de horas suspensas

saudade intensa

e eu fico líquida

escorro pelas entranhas

oculto o vício

teço artimanhas

pra disfarçar

esta cizânia

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 24/09/2010
Código do texto: T2517502
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