Meu caminhar
Eu caminho.
Meus olhos gulosos sentem fome desde o primeiro momento em que lhe viram. Me sinto faminto desse tal de amor de que todos falam. E sinto-me completamente incompetente para ter o meu próprio.
Queria poder te fazer feliz todo dia.
Sofro com essa dor latente que parece dilacerar meu coração aos poucos e me regozijo com tal fato também. Há tempos não dava sinal de tal fraqueza humana, de algo que me fizesse voltar a ser incluído no meio dessa imundice do mundo.
Continuo a caminhar e agora posso ver meu destino.
Nada que eu fale é digno de atenção. Nada que eu faça consegue ter valor suficiente. É o sempre eu errando e insistindo no erro. É o sempre eu desesperado, pronto a esperar a dama de negro que nunca aparece para me levar.
Meu destino é este precipício de queda quase eterna (eu pulo), donde eu morrerei e ressuscitarei tantas e tantas vezes antes de conseguir alcançar meu almejado objetivo, a morte, que me espera em seu fundo.