Os Trnes dos Meus Trilhos
quando era criança
os trens passavam pelos meus trilhos
grandes gigantes enormes
com seus eternos vagões...
e trilhava nas canções do apito
a esperança do cego
jamais parar de sorrir
da casa da minha tia
observava os gigantes de ferro
imponentes e altivos a galope
através dos verdes montes...
trazendo na palma da mão
toda imaginação presente
na fumaça do seu chaminé
são os velhos trens dos meus trilhos
que cuido, desde criança,
não enferrujar os sorrisos
dos eternos vagões
na engrenagem
do tempo
são os velhos trens dos meus trilhos
que não permito reparos
que não permito parar
que não concebo
calar seu
apito