Um certo tipo de amor
Essa dor que não passa é mistério
É tristeza escondida, essa lágrima que não cai
Embora haja no mundo tanta alegria
É o meu riso contido que dói
É o meu riso frouxo que esconde
Toda enchente que carrego nos olhos
E nos braços, o vazio de outros braços que ainda faltam
E no meu caminho, nenhum compasso,
Sigo ouvindo o som dos meus passos sozinhos
E de que adianta o espelho no escuro?
E de que adianta todo esse escudo
Se a beleza está na exatidão da incerteza?
Se o coração nunca sabe, nunca pára,
Por mais que a alma doa
E a tendência seja afastar as mãos
Não! Porque desistir não é nobre
E pobre daquele que desacredita a sorte
De que ainda existe um certo tipo de amor inigualável por aí...
23/10/10