Sonhar
Sonhos são fagulhas daquilo que nos sobrou do passado.
Quando menos esperamos vêm povoar a escuridão da noite
Trazendo brilho de luzes que confortam a solidão,
E, como mãos macias, tecem carinho em antigos amores.
Completam o que restou das linhas e letras antigas mal traçadas.
Refazem os versos derramados em poemas antigos,
Restaurando aquilo que o tempo findo não permitiu corrigir,
Refazendo na alma a desilusão do eco gritado no vazio,
Dos caminhos transitados na ausência do sol daquele que dorme.
Nada mais ao poeta resta que não dormir e sonhar,
Para um novo dia despertar e continuar em seu poetar.