Sonhar

Sonhos são fagulhas daquilo que nos sobrou do passado.

Quando menos esperamos vêm povoar a escuridão da noite

Trazendo brilho de luzes que confortam a solidão,

E, como mãos macias, tecem carinho em antigos amores.

Completam o que restou das linhas e letras antigas mal traçadas.

Refazem os versos derramados em poemas antigos,

Restaurando aquilo que o tempo findo não permitiu corrigir,

Refazendo na alma a desilusão do eco gritado no vazio,

Dos caminhos transitados na ausência do sol daquele que dorme.

Nada mais ao poeta resta que não dormir e sonhar,

Para um novo dia despertar e continuar em seu poetar.

Laerte Creder Lopes
Enviado por Laerte Creder Lopes em 02/11/2010
Reeditado em 02/11/2010
Código do texto: T2592509
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