Noturno Agônico

O tempo foi escurecendo...

E o coração como ele, foi ficando

Frio, gelado, imune a tudo...

Os olhos aos rios se misturaram

Em águas que ninguém pode conter.

E a lua sempre triste, correu se esconder.

A pluma não resistiu ao vento,

Voou para longe, lutou para ficar,

Mas foi em vão...

Só ficou a geleira a arder

Nas entranhas, no sangue

estanque...

Barcos perderam suas velas,

Afundaram, naufragaram...

A beleza agora era apenas

Uma lembrança, um fato perdido

No Calendário das recordações...

Nenhum rumor, nenhum passo,

Nenhuma voz, nem canções...

Apenas o frio, a ventania cortante...

E o silêncio criminoso e angustiante...

A morte chegara tão cedo,

Impedindo a luta, atirando ao solo

A guerreira teimosa e constante,

Dela só restou o amor...

Exemplo

Que não deve ser imitado...

Pois será outra vez morto...

Exterminado...

18.05.2005

Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 19/06/2005
Código do texto: T26012
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