Reclusão

Não pergunte porque me calo

Tenho silêncios doloridos

Muito mais do que falo

Meus silêncios são vividos

Tenho asas perdidas nos ventos

No meu outono de recolhimento

A crepitar nos pensamentos

Na agonia de um momento

Sou um corpo em avaria

Que se debruça confuso

Como bicho recluso

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 19/06/2005
Código do texto: T26048
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