TALVEZ. ZE DIRCEU

Talvez. Esperasse encontrar um

Che; nestes arranjos.

Talvez. Eu fosse militante generoso.

Talvez. Reclamasse pressuroso,

a benção de Deus,

E as lagrimas dos Anjos.

Errei pela vida,

aprendi a poetar,

nas placas da rua.

Um doutor de mula ruça,

que ainda soluça.

Na luta implacável,

contra a Ditadura,

Ganhei eletrochoques,

torturas.Se a piedade

der licença é piada.

perto da força amada.

Talvez. Tenha ignorado a traição.

Como se pode trair um sonho?

Repartido com os excluídos,

habitantes de regiões,

que os afortunados sequer

imaginam.

Atravessei nesta obra,

num sonho de carinhos,

das palafitas,

aos puxadores de carrinhos.

Os meus poemas erram sobras e rejeitos.

Nem sempre bem feitos.

Talvez. Eu ame profundamente o pobre.

E pense a virtude da anistia.

As minhas silabas tem a força secreta,

dos desafortunados,

dos traídos,dos enganados,

dos espoliados.

Buenas Che Guevara.

Como vá tchê Brizola,

Jango, Zé Dirceu.

nossa luta é graça.

Que disto não passa.

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DON ANTONIO MARAGNO LACERDA
Enviado por DON ANTONIO MARAGNO LACERDA em 19/06/2005
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