TEMPORADA DE MEMÓRIAS VAGAS

De tudo que me lembro

Não se dá para recordar,

Rostos que já nem sei,

Casas que não conheci

Paisagens que nunca vi,

O vento às vezes me traz aos lábios

O gosto amargo de algumas lembranças

Quem dera ser novamente aquela criança

Que repousava inerte sobre o afável colo

Da doce mãe que ali o aninha.

Mas assim como voam as andorinhas

Também partem os homens

Para noutros ninhos buscar... Pousar

Ainda assim, é pouco o que se tem em mim,

É demasiada em mim, a presença do que me falta

E ainda é vago em mim, o memoriar.

Deivesson de Sousa
Enviado por Deivesson de Sousa em 10/11/2010
Código do texto: T2606913
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