Poema com graça
Eu quero essa tua forma discordante
que concorda com o que eu não quero...
e quero esse teu amor, tão relevante,
sem o que eu me dano e me desespero...
Eu quero que sejas o riso itinerante,
do quarto à cozinha, ativo quero-quero,
enchendo de som, forte, dissonante,
os contornos do teu amor que venero...
Ah, eu quero que espantes este mofo
que teima em minar minhas entranhas...
quero que sejas o amparo, meu estofo
pois a velhice já me chega às ganhas...
Quero as tuas baldas, as tuas manhas
para que sejas, quando eu for balofo,
a verdadeira dona das minhas banhas...
eterna e amada rainha do meu cafofo !!...